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Insólitos e Estranhos

Os Mapas Mais Estranhos do Mundo

Autor Gilberto Schoereder
23/05/2012

Pesquisadores acreditam que alguns mapas antigos podem indicar um conhecimento e tecnologia avançada no passado remoto do planeta.


OS MAPAS MAIS ESTRANHOS DO MUNDO

Vários pesquisadores do insólitos procuram, em antigos mapas, sinais da existência de civilizações desenvolvidas no passado remoto da Terra.

Gilberto Schoereder

O mapa de Piri Reis, 1513 (Bilkent University).

Os pesquisadores do insólito adoram mapas com informações que, supostamente, não deveriam existir na época em que foram elaborados. Muitas vezes, o pensamento dominante nesses casos é o de atribuir a confecção dos mapas a seres extraterrestres. Segundo esse pensamento, a teoria poderia ser comprovada pela simples observação de alguns mapas medievais que trazem a indicação de terras e continentes que não tinham sido “oficialmente” descobertos, e só o seriam centenas de anos mais tarde.
Por outro lado, outra linha de pesquisadores entende que o conhecimento dessas terras e continentes não representa necessariamente a presença de uma civilização extraterrestre em nosso planeta, mas antes, que civilizações extremamente desenvolvidas existiram no passado do planeta, ao contrário do que tentam nos dizer a história e a arqueologia “oficiais”.
Essas civilizações não só teriam conhecimento de outras terras, como as Américas, mas teriam estabelecido e mantido um contato constante entre os continentes. Existem numerosas evidências desses contatos em épocas recuadas da história, espalhados por toda a América, Oriente Médio, África e Ásia; são objetos, textos antigos, gravações em rochas e construções.
No entanto, diz-se que alguns mapas oferecem evidências para sustentar a tese da presença extraterrestre, uma vez que, aparentemente, foram elaborados a partir de imagens obtidas de grandes alturas, como se tivessem sido realizadas por aviões ou satélites. A tecnologia para tal não existia nos tempos antigos, a menos, é claro, que se tome como realidade os relatos de textos ancestrais, como os da Índia, que se referem à existência de máquinas voadoras e de civilizações poderosíssimas, como o Império Rama e a Atlântida.

Seja como for, o fato é que os mapas existem, o que levanta uma questão que não pode ser simplesmente relegada ao esquecimento, como tantas outras de nossa história: de alguma forma, os antigos tinham essas informações e elaboraram os mapas.
Certamente, o mapa mais conhecido é o de Piri Reis, que se tornou muito popular depois que Erich von Däniken citou-o em seu livro Eram os Deuses Astronautas?, ainda que o assunto já fosse conhecido antes disso.
O mapa “estranho” mais recente ainda não foi devidamente analisado, mas se tornou conhecido em 2002, quando o jornal Pravda On Line trouxe uma reportagem com o professor Alexander Chuvyrov, da Bashkiria State University, na qual ele falava sobre a descoberta de uma placa de pedra, originalmente datada em 120 milhões de anos, e que supostamente trazia a gravação de um mapa da região dos montes Urais, na Rússia, detalhando a existência de canais e imensas barragens não naturais, estendendo-se por 12 mil quilômetros.
A pedra também apresentava inscrições parecidas com hieróglifos, provavelmente uma linguagem silábica-hieroglífica de origem desconhecida. Diz-se que um exame de raios X mostrou que o mapa foi realizado com a utilização de mecanismos de alta precisão, e não por mãos humanas. As últimas informações davam conta de que a pedra tinha sido enviada ao Centre of Historical Carthography, em Wisconsin, Estados Unidos, para uma análise detalhada, cujos resultados não são conhecidos.
Segundo Chuvyrov, para realizar um trabalho como o desse mapa seria necessário uma tecnologia de supercomputadores e observações espaciais, algo que, segundo a história e a arqueologia, não existia há 120 milhões de anos.
Algumas fontes informam que Piri Reis era um almirante da marinha turca, e que o mapa data de 1513. Outras fontes, como Louis Pauwels e Jacques Bergier, disseram que Piri Reis foi quem ofereceu seus mapas à Biblioteca do Congresso, em meados do século 19. Däniken disse que os mapas foram encontrados no Palácio Topkapi, no início do século 18. Diz-se, ainda, que o mapa foi desenhado a partir de mapas ainda mais antigos.
De qualquer forma, a data original ainda não pôde ser determinada, mas parece não haver dúvidas de que é bem antigo. As pesquisas mais detalhadas foram realizadas por Charles H. Hapgood, que fez a conversão do mapa para métodos de projeção modernos. O mapa mostrava detalhes da Antártida que só foram conhecidos em 1952, como montanhas que só foram descobertas com o auxílio do sonar, pois se encontram cobertas pelo gelo. Hapgood entendeu que o mapa de Piri Reis só poderia ser comparado a fotografias tiradas do espaço.

O mapa de Orontius Fineus (1531), considerado extremamente parecido com os mapas atuais da Antártida, com informações que seriam impossíveis de existir na época.

Hapgood também estudou o mapa do matemático francês Orontius Fineus (1494-1555), datado de 1531. Ele encontrou o mapa na Biblioteca do Congresso, em Washington, em 1960, e igualmente fez a conversão para um método de projeção moderno. Ele se concentrou na região da Antártida – que também surge nesse mapa – concluindo que ele é extremamente parecido com um mapa atual da Antártida. Mais uma vez, trata-se de uma informação tida como “impossível” de existir na época da provável execução do mapa.

A linha de pesquisa que não pressupõe a presença de extraterrestres no passado do planeta, levanta a questão de que as civilizações antigas mantinham um sistema de navegação e de comunicação extremamente avançado, estabelecendo um contato constante entre as diferentes culturas, mapeando o mundo de forma bem mais organizada e efetiva do que se supõe. Algumas pessoas – como Cristóvão Colombo, por exemplo – sabiam disso e teriam acesso às informações e mapas capazes de os levarem ao outro lado do oceano onde, na época, se supunha que nada existia. Esse tipo de pensamento ou teoria vem sendo cada vez mais constante entre pesquisadores e historiadores, inclusive entre os da chamada linha “ortodoxa”.

O mapa de Franco Rosselli.

Outra descrição da Antártida aparece no mapa do cartógrafo florentino Franco Rosselli, por volta de 1508, gravado numa placa de cobre com 15x28cm. Os estudiosos do desenho dizem que o Mar de Ross e a Terra de Wilkes são particularmente fáceis de identificar, e isso numa época em que a Antártida nem tinha sido descoberta.

O mapa de Nicolo Zeno (1558).

O mapa dos irmãos Zeno, de Veneza, também é considerado um mistério. Diz-se que eles fizeram muitas viagens marítimas exploratórias no Atlântico Norte, no século 14, incluindo partes da Groenlândia e da Islândia; segundo alguns, chegaram até a Nova Escócia, no nordeste do Canadá. Eles trouxeram um mapa de suas viagens – que foi perdido e recuperado séculos depois – e estudiosos ficaram perplexos pelo fato dele mostrar o relevo real da Groenlândia, como seria sem o gelo que modifica o perfil do litoral; novamente, não haveria maneira dos irmãos Zeno conhecerem esse relevo. Mais que isso, tudo indicaria que o mapa foi baseado numa cópia ainda mais antiga.

Os céticos continuam afirmando que os mapas têm sido mal interpretados, mas tem de ser considerado que os especialistas no assunto não são amadores. Cartógrafos de renome chegaram às mesmas conclusões: os mapas são verdadeiros e indicam um conhecimento da geografia terrestre mais complexo do que o normalmente aceito para a época.
A discussão que permanece é quanto a quem teria desenhado esses mapas, quando isso teria sido feito, e utilizando que tipo de tecnologia.
 

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